Igreja portuguesa agradece “excelente oportunidade” para aprofundar a "Amoris Laetitia"
03-01-2021 - 09:30

Para D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, estamos "perante uma excelente oportunidade para aprofundar o conteúdo da exortação apostólica".

O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, D. Joaquim Mendes, entende que a convocação por parte do Papa do ano especial dedicado à família é “uma excelente oportunidade para aprofundar o conteúdo da Exortação Apostólica” e para se apostar num “esforço catequético dirigido à família".

Foi durante o Angelus do passado domingo, dia da Sagrada Família que o Papa anunciou a convocação do ano especial dedicado à Família.

A iniciativa destina-se a “continuar o caminho sinodal” que terá início a 19 de março e encerrará com a celebração do décimo Encontro Mundial das Famílias, programado para Roma em junho de 2022.

Para D. Joaquim Mendes, Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família estamos "perante uma excelente oportunidade para aprofundar o conteúdo da exortação apostólica".

Depois, o também bispo auxiliar de Lisboa encontra mais alguns objetivos na iniciativa do Papa. Por exemplo, D. Joaquim Mendes lembra por exemplo a importância de “anunciar que o sacramento do matrimónio é uma dádiva, é uma graça, e tem em si o poder transformador do amor humano”. Nesse sentido “é necessário que nós os bispos e as famílias caminhemos juntos na responsabilidade e na complementaridade pastoral nas diferentes vocações da Igreja”. Por outro lado, o Bispo considera fundamental “tornar as famílias protagonistas da pastoral familiar e não apenas destinatárias”, e por isso “é necessário um esforço evangelizador e um esforço catequético dirigido à família”.

D. Joaquim Mendes entende que a proposta do Papa também pode revelar-se uma excelente oportunidade para "ajudar os jovens a descobrir o grande dom da família e se calhar também ajudá-los a curar algumas feridas da experiência familiar".

O Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e da Família sustenta que “a pastoral familiar tem de ser transversal" e lembra que "a Igreja em Portugal está a fazer um caminho em conjunto, tendo já decorrido encontros ao nível da pastoral juvenil, da pastoral do ensino superior, da pastoral vocacional e da pastoral familiar; no sentido de se passar de uma pastoral de sectores para uma pastoral de objetivos, para uma pastoral de processos".

O Bispo recorda que já se fizeram “dois encontros de vários dias para juntos fazermos este caminho e integrar esta dimensão transversal da família à pastoral da família e à pastoral vocacional e à pastoral do ensino superior”. “Nos quando olhamos para os jovens temos de ter consciência que por detrás de cada jovem está uma família, e a família é o suporte de tudo isto”, sublinha o prelado, ao mesmo tempo que defende “a necessidade de integrar na pastoral familiar o cuidado dos idosos”.

Por tudo isto, o Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família entende ser o momento de “darmos graças a Deus pela proposta de caminho, de aprofundamento do rico conteúdo da exortação apostólica [Amoris Laetitia] e da sua receção neste âmbito da transversalidade"