Lenine, o "trovador brasileiro", está de volta


Depois de três anos de ausência, o músico brasileiro regressa e vem mostrar-nos como continua a transformar em versos as questões, os amores e as sagas do nosso tempo.

Neste novo espectáculo, Lenine traz as novas músicas do seu novo álbum, "Em trânsito". Mas os velhos clássicos não foram esquecidos, por isso prepare-se para uma noite cheia de rock, de ritmo e de muitas emoções à flor da pele.

Lenine, o "trovador brasileiro", está mesmo de volta a Portugal. 6 Grammys Latinos e 12 Prémios da Música brasileira, são um dos seus cartões de visita, mas nada se vai comparar à emoção de o ouvir cantar e tocar ao vivo nos palcos dos Coliseus de Lisboa e do Porto, no Jardim Público de Évora ou com o Cistermúsica no Mosteiro de Alcobaça.


Lenine | Em Trânsito

9 de Junho, 21h30 | Coliseu Lisboa

17 de Junho, 21h30 |Coliseu Porto

19 de Junho, 22h00 | Jardim Público de Évora // entrada livre

21 de Junho, 21h30 / Cistermúsica – Mosteiro de Alcobaça


Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.

Saiba mais aqui sobre esta Tour.


Pense quem vai levar e reserve já lugares. Prepare-se para o regresso em grande de um grande artista:

Segundo a sua biografia, percebe-se que não é por acaso que Lenine se diz um "cantautor": "ele é aquele artista que canta as suas próprias letras e composições, ou – como faziam os trovadores do século XII! – transforma em versos as grandes questões, os amores e as sagas do seu tempo". São muitas as histórias que tem contado à base de palavras e de música nas últimas décadas. Dois elementos que, para ele, andam juntos desde sempre. Já a paixão pelo rock vem por conta própria, "turbinada" pelas suas descobertas musicais da juventude: Led Zeppelin, The Police ou Frank Zappa, entre muitos outros. Eram essas as suas grandes referências até conhecer o álbum “Clube da Esquina” de Milton Nascimento e de Lô Borges, 1972).

E, com ele, passa a incluir o Brasil no seu universo musical. O festival MPB Shell, em 1981, é só o primeiro passo da vida de Lenine no Rio de Janeiro, onde se estabelece na Casa 9: uma casa de vila em Botafogo em que vive e é frequentada por companheiros de geração que corriam atrás do mesmo sonho, e o resultado é o 1º disco de Lenine: “Baque solto” (1983), feito em parceria com Lula Queiroga. Nessa altura, começa então a aparecer na cena alternativa carioca e compõe sambas para o bloco de rua Suvaco de Cristo.

O sucesso, esse, só chegará realmente com o álbum “Olho de peixe” (1993), que regista o encontro de Lenine com o percussionista Marcos Suzano. O som pop e único da sua música vai-se consolidar nos três álbuns seguintes: primeiro, “O dia em que faremos contato” (1997). Depois é a vez do álbum “Na pressão” (1999). Já “Falange canibal” (2002) garante-lhe o 1º prêmio de expressão: o Grammy Latino (Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro), que voltará a ganhar – na mesma categoria – com os seus dois álbuns seguintes: os CDs/DVDs ao vivo “Lenine in Cité” (2004) e “Acústico MTV” (2006). As canções “Martelo Bigorna” e “Ninguém faz ideia” ganham então os prémios de “Melhor Música Brasileira”, num total de 5 prémios Grammy Latino na sua carreira. Lenine ganhou ainda 12 Prémios da Música Brasileira e 2 APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

A experiência de compor as músicas para os espetáculos da companhia de dança Grupo Corpo – “Breu” (2007) e “Triz” (2013) – faz com que Lenine transforme a própria concepção dos seus discos: em vez de reunir composições independentes num álbum, como nos três discos anteriores, ele passa a definir primeiro a ideia do disco para, de seguida, compor cada uma das faixas como se fossem capítulos de um romance. O disco de 2008, por exemplo, parte da paixão de Lenine por orquídeas: “Labiata” é o nome de uma espécie do nordeste brasileiro. Já no álbum “Chão” (2011), o primeiro produzido pelo seu filho, Bruno Giorgi (com Jr. Tolstoi e o próprio Lenine) junta à música sons do quotidiano: uma chaleira, um canário, uma cigarra ou até uma máquina de lavar roupa. É uma nova trilogia que se fecha com “Carbono” (2015), no qual Lenine recupera as suas raízes pernambucanas.

Os passos seguintes vão dar-se na Holanda, onde é produzido o CD/DVD “The bridge – Lenine & Martin Fondse Orchestra – Live at Bimhuis” (2016), e no Rio de Janeiro, onde o seu 13º disco de carreira traz no nome – “Em trânsito” (2018). Com este disco, Lenine ganhou um sexto Grammy Latino na categoria "rock alternativo".

"Em trânsito" é a síntese de tudo o que Lenine representa como artista: cantautor sempre à procura das suas próximas trovas, de novas reflexões e olhares sobre o seu tempo. É precisamente esse seu olhar poético e musical sobre o mundo que a "Tour Lenine" traz em junho a Portugal.

Concertos a não perder, com apoio Renascença... O que nós esperámos por este regresso!