Papa ao Banco Mundial e ao FMI. “Leis do mercado não podem sobrepor-se à do amor e da saúde”
08-04-2021 - 11:30
 • Aura Miguel

Francisco escreveu aos participantes do “Spring Meetings” 2021, que decorre até dia 11 de modo digital, a quem pediu uma “solidariedade vacinal” financiada de modo justo e que os países menos desenvolvidos possam ter uma participação mais ativa na tomada de decisões.

O Papa Francisco escreveu uma carta aos participantes no “Spring Meeting” 2021 (Encontros da Primavera), do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, apelando a soluções novas, mais inclusivas e sustentáveis para apoiar a economia real e o bem comum universal.

“A noção de recuperação não pode contentar-se com um retorno a um modelo desigual e insustentável de vida económica e social, em que uma pequena minoria da população mundial possui metade de sua riqueza”, escreve Francisco.

Após um ano de pandemia, “muitos países começam agora a consolidar planos individuais de recuperação, mas permanece urgente a necessidade de um plano global que possa criar novas instituições ou regenerar as existentes, sobretudo as que têm vocação global, para construir uma nova rede relações internacionais e promover o desenvolvimento integral de todos os povos”, defende.

O Papa pede, por isso, que as nações mais pobres e menos desenvolvidas tenham uma participação efetiva na tomada de decisões, maior acesso ao mercado internacional e reafirma ser necessário aliviar o peso da dívida internacional – “gesto profundamente humano que pode ajudar as pessoas desses países a desenvolverem-se e a terem acesso a vacinas, saúde, educação e empregos”.

Nesta carta, Francisco apela à “solidariedade vacinal” financiada de modo justo, “para impedir que a lei do mercado tenha precedência sobre a lei do amor e da saúde de todos”.

O Papa pede ainda aos líderes governamentais, às empresas e organizações internacionais “para trabalharem juntos no fornecimento de vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados”.

O “Spring Meeting” deste ano começou no dia 5 de abril e decorre até dia 11. Nele participam cerca de 2.800 delegados dos países membros do Banco Mundial e do FMI, 350 representantes de organizações de observadores, 800 membros da imprensa e 550 membros credenciados da sociedade civil.

Nesta carta, Francisco apela à “solidariedade vacinal” financiada de modo justo, “para impedir que a lei do mercado tenha precedência sobre a lei do amor e da saúde de todos”.

O Papa pede ainda aos líderes governamentais, às empresas e organizações internacionais “para trabalharem juntos no fornecimento de vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados”.

O “Spring Meeting” deste ano começou no dia 5 de abril e decorre até dia 11. Nele participam cerca de 2.800 delegados dos países membros do Banco Mundial e do FMI, 350 representantes de organizações de observadores, 800 membros da imprensa e 550 membros credenciados da sociedade civil.