2019, redefinir equilíbrios em ano de risco
30-12-2018 - 15:34
 • José Bastos

Luís Aguiar-Conraria, Nuno Botelho e Álvaro Neves analisam a actualidade da semana e ensaiam a aproximação ao ciclo eleitoral do novo ano.

Em Portugal, 2019 vai ficar marcado pelo ciclo eleitoral. As eleições europeias em 26 de Maio, as regionais da Madeira em 22 de Setembro e as legislativas no início do Outono.

Este é o calendário que centrifugará toda a acção pública, mas o vórtice de todo este fluído político converge para 6 de Outubro.

O PS parte à frente para este triplo teste nas urnas (regionais na Madeira marcadas por temas locais, mas europeias são pré-teste das legislativas) a menos que uma crise súbita na economia europeia ou um ‘cisne negro’ nacional - evento improvável mas não impossível – venha baralhar os dados.

À direita do PS, aposta-se em áreas de debilidade dos serviços públicos: dos incêndios, furacão Leslie, colapso de estradas, heli do INEM até à saúde e educação.

A propósito: o ano vai começar com o governo a ser forçado pelo presidente a negociar e rever a sua posição face à carreira dos professores. Marcelo não diz como se paga, mas 100 mil funcionários públicos (de militares a polícias passando por magistrados) estão muito atentos à solução para os docentes.

Estes são temas para a análise com Luís Aguiar-Conraria, Nuno Botelho e Álvaro Neves, antigo director do extinto GPIAA – Gabinete de Investigação e Prevenção de Acidentes com Aeronaves. Em Janeiro de 2017, quando foi exonerado por se ter queixado do estrangulamento financeiro ao organismo, Álvaro Neves disse “não haver condições para prevenir e investigar grandes acidentes aéreos”. E agora há?