Jesuíta Pedro Lamet em Lisboa para falar do Padre Arrupe
18-12-2018 - 17:05
 • Aura Miguel

À Renascença, o biógrafo diz que o Padre Arrupe "era um homem santo e com um sentido de humor extraordinário".

O jesuíta Pedro Lamet, biógrafo do Padre Arrupe (Superior geral da Companhia de Jesus entre 1965 e1983), declarou à Renascença que ele era um Superior “simpático, com uma força notável e um magnetismo pessoal que atraía toda a gente”.

Lamet conheceu melhor Arrupe quando o padre "já estava muito doente, deixando uma profunda imagem de santidade”. No regresso das Filipinas, o Padre Arrupe sofreu um AVC, com sérias limitações físicas que, segundo refere Lamet, “aceitou como sendo a vontade de Deus, de uma forma extraordinária”.

O biógrafo sublinha a sua “fibra humana” e as suas “muitas qualidades”, pois o que interessa num processo de beatificação “são as virtudes e o modo como viveu, não os seus pensamentos e ideias”. Além disso, possuía “um sentido de humor extraordinário”.

Autor do livro “Pedro Arrupe – Testemunha do Séc.XX Profeta para o Séc. XXI” (Ed. A.O. e Tenacitas 2003), Lamet destaca ainda a coincidência desta sua conferência em Lisboa com o dia mundial dos refugiados, pois o Padre Arrupe foi pioneiro na atenção aos migrantes e “boat people” que então fugiam da perseguição nos seus países, ao ponto de criar o Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados que ainda hoje existe.

A conferência “Padre Pedro Arrupe a caminho dos altares”, do biógrafo Pedro Lamet, decorre no Auditório do Colégio São João de Brito esta terça-feira às 21h30, em Lisboa.