A Deco recebeu no ano passado cerca de 2.500 queixas ou reclamações sobre serviços de saúde, sendo que 60% destes contactos dizem respeito ao setor privado. Estes dados são conhecidos no Dia Mundial do Doente.
Segundo a jurista Carolina Gomes, as queixas no setor da saúde recebidas na Deco incidem essencialmente no tempo de espera na urgência, no atendimento nos estabelecimentos de saúde e também na qualidade do serviço prestado.
Cerca de 60% das queixas dizem respeito ao setor privado, nota a associação de defesa do consumidor.
O volume de queixas tem-se mantido constante nos últimos três anos e, segundo a jurista Carolina Gomes, o setor da saúde não é o que mais reclamações tem, "o que não significa que seja um setor sem problemas”.
“Verificamos que ainda existe uma grande dificuldade no reconhecimento e exercício dos direitos por parte dos consumidores, nomeadamente no que concerne ao direito a reclamar”, disse Carolina Gomes à Lusa.
O desconhecimento dos seus direitos torna os consumidores “menos exigentes”, num setor “com tantas ou mais exigências” do que outros serviços.
“Noutros setores, o incumprimento dos parâmetros de qualidade gera compensações para os consumidores. Isso ainda não acontece na saúde. É importante que os consumidores tenham a literacia necessária para ser exigentes”, defende.
Para capacitar os utilizadores dos serviços de saúde, a Deco lança esta segunda-feira a campanha “Saúde a quem tem direito”.