Para dar resposta ao número crescente de situações de demências a Fundação Betânia, em Bragança, vai avançar este mês de Março, com um Ginásio do Cérebro Sénior. Aqui, em vez de exercício físico vai-se treinar a mente.

A iniciativa destina-se aos 110 utentes da instituição quer sejam residentes, do centro de dia ou utentes do apoio domiciliário.

O ginásio vai utilizar os conceitos de neuróbica e neurofitness para estimular o cérebro e nasce da necessidade de dar resposta ao aumento significativo da prevalência de situações de utentes com algum tipo de demência.

“Cada vez mais os utentes que chegam apresentam sinais de demência e nós queremos contrariar essa tendência e, ao mesmo tempo, ajudar aqueles que ainda têm consciência e estão bem e até prevenir possíveis problemas desta natureza”, explica à Renascença a directora técnica da instituição, Paula Pimentel.

Como “o objectivo é activar as funções cognitivas”, o novo ginásio “é um espaço alicerçado em programas de treino cognitivo” revela o assistente social, Bruno Santos.

Aos utentes vão ser proporcionados exercícios de “treino mental que procuram trabalhar a concentração, a atenção, o raciocínio lógico, a parte da linguagem, da percepção”, contribuindo para “melhorar a resposta do ponto de vista cognitivo face a situações simples do dia-a-dia como vestir ou tomar banho”.

Para o funcionamento do ginásio do cérebro, a instituição adaptou uma sala com equipamento informático e de estimulação sensorial e cognitiva como painéis sensoriais, 'tablet' , computadores portáteis, coluna de água.

Além do equipamento, o novo ginásio contará com vários terapeutas, desde gerontólogos, animador sociocultural, assistente social e fisioterapeuta.

O Ginásio do Cérebro Sénior custou mais de 33 mil euros e ganhou um apoio financeiro de 25.200 euros de um programa da Fundação EDP, a edição 2015 da EDP Solidária Inclusão Social.