Concertação Social. Costa reconhece "erro processual" e pede "desculpa" aos patrões
22-10-2021 - 22:03
 • Renascença

Em causa está o facto de o Governo não ter apresentado aos parceiros sociais o aumento do valor das horas extraordinárias a partir das 120 horas anuais e a subida do valor das compensações por cessação dos contratos a termo para 24 dias de trabalho por ano.

O primeiro-ministro, António Costa, pede desculpa às confederações empresariais por não ter apresentado na concertação social duas medidas aprovadas e apresentadas esta quinta-feira pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

Em causa estão o aumento do valor das horas extraordinárias a partir das 120 horas anuais e a subida do valor das compensações por cessação dos contratos a termo para 24 dias de trabalho por ano, medidas sobre as quais o Governo não auscultou previamente os patrões em sede de concertação.

Questionado pelos jornalistas à entrada da reunião da Comissão Política do PS, António Costa reconheceu "o lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes em sede de concertação social".

"O presidente da CIP teve a amabilidade de me telefonar e apresentei as minhas desculpas, é isso que se deve fazer quando se erra", rematou António Costa, recusando responder se considera que o país está na iminência de uma crise política no quadro da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022.