Covid-19. Já estão internados na Madeira os três doentes críticos transferidos de Lisboa
30-01-2021 - 00:16
 • Lusa

Governo regional manifestou disponibilidade para receber doentes críticos do continente. Madeira tem 228 camas para a área Covid-19, em dois hospitais do Funchal, e tem capacidade para tratar 47 doentes em cuidados intensivos.

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Desde as 21h30 desta sexta-feira que já se encontram no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, os três doentes com Covid-19 dos cuidados intensivos de hospitais de Lisboa, que foram transferidos para a Madeira.

A transferência decorreu na sequência da disponibilidade manifestada pela Região Autónoma da Madeira para receber doentes críticos do Serviço Nacional de Saúde do continente, sendo que o transporte aéreo foi assegurado pelo Ministério da Defesa Nacional, através de um avião C-130 da FAP.

O aparelho aterrou no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo cerca das 20h15 e os doentes foram conduzidos ao hospital em três ambulâncias e encaminhados para a unidade de cuidados intensivos dedicada à Covid-19.

Não foram prestadas declarações sobre a operação por parte do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) ou do Governo Regional, entidades que na quarta-feira manifestaram à ministra da Saúde, Marta Temido, disponibilidade para receber três doentes do continente.

A região autónoma dispõe de 228 camas para a área Covid-19, em dois hospitais do Funchal, e tem capacidade para tratar 47 doentes em cuidados intensivos.

De acordo com os dados mais recentes, estão internadas 71 pessoas com Covid-19, oito das quais nos cuidados intensivos, sendo que o arquipélago regista um total de 1.972 casos ativos e 40 mortes associadas à doença.

Dois dos doentes transferidos hoje para a Madeira estavam internados no Hospital Beatriz Ângelo e um no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.

Um comunicado conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde esclarece que a operação contou com a "necessária autorização das respetivas famílias", num processo que assenta numa estreita articulação entre os Serviços de Medicina Intensiva envolvidos e a Comissão de Acompanhamento da Rede Nacional de Medicina Intensiva (CARNMI), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Força Aérea Portuguesa (FAP) e o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (Sesaram).