16h15. Olá, primavera!
20-03-2018 - 15:25
 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

Entra hoje oficialmente a estação mais florida do ano. Que é também a mais propicia às alergias, um problema que afecta um terço da população portuguesa.

Despeça-se do inverno. Porque quando o relógio tocar as 16h15 entra oficialmente a estação mais florida do ano.

Contudo, é provável que não note qualquer diferença. Afinal o dia não está muito mais quente do que ontem. Mas a chuva parece ter aliviado, e isso já dá outra graça à nova estação.

E já deve ter reparado que há árvores que parecem contrariar os rigores de inverno que ainda persistem e, timidamente, já se vão vestindo de primavera.

Também já deve ter notado que os dias estão a ficar maiores. E vão continuar a crescer mais e mais depois da mudança da hora que - não se esqueça - acontece já no próximo fim de semana.

Na madrugada de 24 para 25 o relógio avança uma hora. É aquela noite em que terá menos 60 minutos para dormir.

Mas veja o lado positivo: entra a hora de verão e os dias ganham horas para passear, para fazer piqueniques, para ir até à praia, para dar um salto ao campo e contactar com a natureza.

Dito isto, tenha cuidado com as alergias.

Em Portugal, um terço da população é alérgica. Cerca de três milhões e meio de pessoas que reagem mal aos pólenes, ao pó, aos ácaros. E mais de 700 mil sofrem de asma, o que corresponde a 7% da população que sofre as consequências da reação mais adversa no contacto com estes agentes alérgicos.

Se olhar pela janela e não vir o sol não fique triste. Mas também não se iluda.

O boletim polínico indica que, dada a previsão de ausência de chuva durante a semana, prevêem-se concentrações elevadas de pólen na atmosfera de todo o país. E lá vai uma, lá vão duas e três embalagens de lenços de papel. E lá vai você desesperado, olhos chorosos, nariz tapado a correr para a farmácia.

O consumo de medicamentos para as alergias continua a aumentar em Portugal. Pelo menos a avaliar pelos dados da consultora IMS Health: mais de 16% entre 2011 e 2015.

Em 2015, a despesa total com estes medicamentos rondou os 19 milhões de euros. Mais de 5 milhões de embalagens vendidas.