A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, promete um relatório para "esclarecer se houve falhas" no combate aos grande incêndios dos últimos dias.
Em conferência de imprensa na sede nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a governante foi questionada se admite falhas e erros na gestão dos piores fogos dos últimos anos.
Margarida Blasco diz que os incêndios ainda estão ativos e que, a seu tempo, serão tiradas conclusões.
"Ainda temos fogos neste momento. No final, quando fizermos um ponto da situação, faremos um relatório e estaremos à disposição para esclarecer se houve falhas e se tudo correu bem, mas isso no seu tempo", sublinhou a ministra da Administração Interna.
Margarida Blasco assinala que foi mobilizado o maior dispositivo de sempre para o combate aos fogos dos últimos dias, incluindo com ajuda internacional.
"Nestes dias mais críticos tivemos o maior dispositivo de combate a incêndios alguma vez mobilizado no nosso país", salientou.
De acordo com a ministra, "foram empenhados, 37.772 operacionais, 10.639 meios terrestres, efetuadas 827 missões aéreas de combate, a que correspondem 8.757 descargas".
De 14 a 18 de setembro, foram registadas 1.044 ignições", disse Margarida Blasco, citando dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, exigiu a demissão dos responsáveis pela coordenação técnica operacional na sequência da morte de três bombeiros de Tábua, afirmando que o sistema falhou. Margarida Blasco recusou comentar o pedido de demissão.