Morreu a décima pessoa vítima do surto de legionella na Área Metropolitana do Porto. A informação é avançada pelo jornal "Observador", que cita fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
A 10.ª morte em resultado deste surto ocorreu no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. Nesta unidade, morreram oito das vítimas. As duas restantes morreram no Centro Hospitalar Póvoa/Vila do Conde.
Desde o início do surto, a 29 de outubro, foram identificados 87 casos e estão internados 11 doentes. O Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde recebeu 31 pessoas, o Hospital Pedro Hispano, 48 e o Hospital de São João, 10.
Na sexta-feira, dia 20, as autoridades de saúde confirmaram que foi detetada a presença de legionella, a 10 de novembro, nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da Longa Vida, em Perafita, concelho de Matosinhos.
Em comunicado, a empresa, que tinha desligado “preventivamente” as torres de refrigeração por causa do surto, deu conta de que os “resultados que acabam de ser comunicados, esta noite, pelas autoridades de saúde à Longa Vida, indicam a presença de 'Legionella Pneumophila' nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da Longa Vida em Perafita no dia 10 de novembro”.
Contudo, a empresa de produtos lácteos diz que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu o Norte do país.
O Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.
A doença dos legionários, provocada pela bactéria 'Legionella Pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.