Polícia faz duas novas detenções relacionadas com ataque de Westminster
24-03-2017 - 08:12

Estão em curso novas buscas. O ataque de Westminster provocou cinco mortos e ferimentos em, pelo menos, 50 pessoas.

A Scotland Yard informa que foram feitas duas novas detenções relacionadas com o ataque de Westminster, avançando também um balanço actualizado das vítimas.

"Fizemos mais duas detenções significativas: uma região de West Midlands e outra no noroeste", informou o comissário adjunto Mark Rowley.

O mesmo responsável revelou que até ao momento foram detidas 10 pessoas. No entanto, nesta altura estão sob custódia apenas nove, uma vez que uma mulher foi libertada, depois de pagar fiança.

"Estão em curso cinco buscas domiciliárias e 16 outras buscas foram já concluídas. Foram apreendidos mais de 2.700 objectos, incluindo muitos dados informáticos. Ouvimos cerca de 3.500 testemunhas, incluindo cerca mil de pessoas que passaram na ponte de Westminster e 2.500 que estavam no parlamento. Recebemos ainda centenas de vídeos carregados na nossa plataforma digital", contabilizou.

Rowley aproveitou fazer um apelo a quem possa auxiliar nas investigações. “Quem conheceu Khalid Masood e sabe quem são os seus associados pode ajudar e dar-nos informação sobre lugares que visitou recentemente”.

As autoridades já tinham revelado que o terrorista chama-se Khalid Masood. A polícia revelou agora que o nome de nascimento do atacante era Adrian Russell Ajao. Tinha 52 anos e já tinha antecedentes criminais. Nascido em Kent, viveu os últimos anos nas West Midlands e já tinha sido condenado por posse de armas, roubo e agressão mas nunca por suspeita de terrorismo.

Número de mortos sobe

Mark Rowley informou que, nesta altura, permanecem hospitalizadas duas pessoas em estado considerado crítico.

Na quinta-feira à noite, um dos feridos morreu, elevando para quatro o número de vítimas mortais. Trata-se de um homem de 75 anos, residente em Londres.

O ataque ocorrido na quarta-feira em Westminster teve duas fases: primeiro um atropelamento e depois vários esfaqueamentos na entrada do Parlamento.

O grupo terrorista Estado Islâmico emitiu uma nota a dizer que o autor do atentado era um dos seus "soldados", mas não se sabe mais sobre o eventual envolvimento do grupo na preparação do atentado.