Arcebispo de Braga faz “um apelo missionário” e destina renúncia à Diocese de Pemba
01-03-2019 - 13:13
 • Ecclesia

D. Jorge Ortiga incentiva sacerdotes e leigos a dedicarem tempo à missão em Moçambique.

O arcebispo de Braga convidou sacerdotes e leigos a darem tempo à missão, na mensagem para a Quaresma 2019, e dá como exemplo concreto o “projeto de cooperação” com a diocese moçambicana de Pemba, desenvolvido há três anos.

“Olhamos para o nosso território de missão e para o mundo inteiro. A missão está ao nosso lado e concretiza-se em muitos outros lugares. Mas existe Pemba: Diocese concreta com a qual temos relações privilegiadas”, assinala D. Jorge Ortiga.

Na mensagem para a Quaresma 2019, enviada à Agência Ecclesia, o arcebispo de Braga explica que a “reabilitação” da casa da paróquia de Santa Cecília de Ocua “é uma urgência”, juntamente com a “construção de uma casa” que no futuro possa receber uma congregação feminina que vai dar “estabilidade à presença cristã” na paróquia moçambicana.

“Recordamos que só a Paróquia de Santa Cecília de Ocua tem cerca de 100km de extensão, com 96 comunidades cristãs que, no nosso contexto, equivaleriam a 96 paróquias”, observa.

D. Jorge Ortiga realça que o projeto de cooperação missionária entre Braga e Pemba já está no seu “terceiro ano de concretização” e que, para a arquidiocese minhota readquirir “um rosto missionário”, todos deverão “sentir-se envolvidos” num compromisso que “foi discernido sinodalmente e agora está a ser concretizado colegialmente”.

O arcebispo de Braga renova “o convite a sacerdotes” para que “queiram oferecer um período da sua vida a esta causa”, e alarga o “convite aos leigos para que ousem oferecer algo de si”.

“Seguidores de Cristo, convoco todos, cada um à sua maneira, para esta aventura de experimentar quanto o amor de Cristo sugere em favor da Humanidade aqui nas nossas comunidades e na diocese de Pemba”, desenvolve.

A Igreja Católica em Portugal está a viver um Ano Missionário especial, até outubro de 2019, e D. Jorge Ortiga afirma que “é uma oportunidade única para todos” de redescobrirem “a identidade batismal”.

“Não podemos desperdiçar esta graça”, afirma na mensagem intitulada ‘Um apelo Missionário a pessoas, paróquias, instituições, empresas…’.

O arcebispo de Braga cita a mensagem para a Quaresma, na qual Francisco recorda que se está “a trair a relação harmoniosa com o meio ambiente” e que as pessoas não podem tornar-se “senhores absolutos da natureza”.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano dia 21 de abril.