Vaga de saídas na banca. Mais de 1.300 trabalhadores saíram até Setembro
15-11-2017 - 07:23

Bancos têm vindo a reduzir as suas estruturas, desde logo com cortes de trabalhadores. O objectivo é reduzir custos e melhorar resultados.

Mais de 1.300 trabalhadores saíram entre Janeiro e Setembro dos cinco principais bancos que operam em Portugal e pelo menos 500 ainda sairão até ao início de 2018, segundo contas feitas pela agência Lusa.

A maior vaga de saídas aconteceu no Novo Banco. Apesar de este ainda não ter apresentado resultados dos primeiros nove meses do ano, a Comissão de Trabalhadores já tinha indicado à Lusa que até Agosto saíram 400 trabalhadores do banco, que agora pertence ao fundo norte-americano Lone Star.

Já do BPI saíram este ano 347 trabalhadores até Setembro, a maior parte no âmbito do processo de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, lançado pelo grupo espanhol Caixabank quando passou a controlar o banco.

A terceira maior redução de pessoal aconteceu na Caixa Geral de Depósitos, com menos 298 trabalhadores entre janeiro e setembro no âmbito do programa de saídas acordadas.

Do Santander Totta saíram 269 pessoas nos primeiros nove meses do ano, grande parte também por acordos de rescisão e reformas. Por fim, no BCP a redução foi de 52 trabalhadores.

Contudo, este processo de diminuição de pessoal ainda não terminou e centenas trabalhadores bancários ainda vão sair até ao início de 2018.

Nos últimos anos, os bancos têm vindo a reduzir consideravelmente as suas estruturas, desde logo com cortes de trabalhadores, com o objectivo de reduzir custos e melhorar resultados.

Em 2016, cerca de 2.000 trabalhadores saíram dos cinco principais bancos a operar em Portugal (CGD, BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI), quase o dobro dos cortes de postos de trabalho feitos em 2015.