Jovem francesa é suspeita de ter vandalizado Padrão dos Descobrimentos
10-08-2021 - 08:00
 • Sofia Freitas Moreira com Renascença

A alegada autora do grafiti terá partilhado um vídeo da mensagem grafitada, nas redes sociais, com a descrição “it’s a wrap. Bye Lisboa”, que se traduz livremente para “chegou ao fim. Adeus Lisboa”.

Uma jovem francesa, que já não se encontrará em Portugal, é suspeita de ter vandalizado o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, na madrugada de domingo.

A suspeita é avançada pelo jornal "i", esta terça-feira, apesar de a PSP ainda nada ter revelado sobre suspeitas quanto ao autor do ato de vandalismo.

A alegada autora do grafiti no monumento lisboeta é estudante na L’Ecole d’Art e terá partilhado um vídeo da mensagem grafitada nas redes sociais, com a descrição “it’s a wrap. Bye Lisboa”, que se traduz livremente para “chegou ao fim. Adeus Lisboa”.

De acordo com o "i", a publicação terá sido feita numa conta com o nome de utilizador “___l.i.a___”, correspondendo, desta forma, à assinatura deixada no grafiti. Pensa-se que a suspeita já não estará em território português.

O Padrão dos Descobrimentos foi vandalizado no domingo com um "graffiti" numa das laterais do monumento, com uma extensão de cerca de 20 metros e escrito em inglês.

Na mensagem lê-se, em inglês, "Blindly sailing for monney [sic], humanity is drowning in a scarllet [sic] sea lia [sic]", o que, numa tradução livre, pode ser lido em português como "Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate".

O monumento foi desenhado pelo arquiteto Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida, sendo incluído na Exposição do Mundo Português, que se realizou em 1940. Esta foi a primeira vez que o monumento foi mostrado ao público.

Em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão dos Descobrimentos foi reconstruído em betão, sendo inaugurado como Centro Cultural das Descobertas em 1985.

Os trabalhos de limpeza já foram concluídos, anunciou na segunda-feira o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.