Papa recorda o sofrimento e o martírio que une os cristãos
25-01-2018 - 17:17

Numa celebração ecuménica que assinala o fim do oitavário de oração pela unidade dos cristãos, Francisco focou aquilo que une as diferentes confissões e não o que os divide.

O Papa Francisco focou esta quinta-feira os factores que unem os cristãos de diferentes confissões, durante uma celebração ecuménica que se realizou no Vaticano.

A celebração das vésperas marca o fim do oitavário de oração pela unidade dos cristãos, que se realiza todos os anos em Janeiro.

Perante uma delegação composta por representantes de diferentes confissões religiosas, o Papa Francisco falou da perseguição que sofrem tantos cristãos actualmente.

“Também os cristãos de hoje encontram muitas dificuldades no caminho, rodeados de tantos desertos espirituais, que fazem secar a esperança e a alegria. Pelo caminho há, inclusivamente, perigos graves que põem a vida em risco.”

“Quantos irmãos sofrem hoje perseguições em nome de Jesus! Quando o seu sangue é derramado, mesmo quando pertencem a confissões diversas, tornam-se em conjunto testemunhas da fé, mártires, unidos no vínculo da graça baptismal”, disse.

Para além dos casos de perseguição concreta anticristã, há também várias situações de sofrimento que Francisco sublinhou. “Além disso, conjuntamente com amigos de outras tradições religiosas, os cristãos enfrentam hoje desafios que aviltam a dignidade humana: fogem das situações de conflito e miséria, são vítimas do tráfico de seres humanos e de outras escravaturas modernas, padecem dificuldades e fome, num mundo cada vez mais rico de meios e pobre de amor, onde as desigualdades continuam a aumentar.”

“Mas, tal como os israelitas do êxodo, os cristãos são chamados a guardarem, juntos, a memória do que Deus cumpriu neles. E, ao reavivar esta memória, podemos ajudar-nos uns aos outros e a enfrentar, só com as armas de Jesus e a doce força do seu Evangelho, todos os desafios, com coragem e esperança”, disse.