Epidemia de obesidade afeta 830 milhões de famílias no mundo
18-07-2019 - 23:00
 • Lusa

Alerta é deixado pelo diretor-geral da FAO, que se mostra também preocupado com o aumento da fome no mundo apesar dos programas de erradicação lançados.

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que no mundo há atualmente 830 milhões de famílias obesas e adianta que está na hora de procurar novos modelos para enfrentar esta epidemia.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse em Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova, durante o Fórum Internacional Territórios Relevantes para Sistemas Alimentares Sustentáveis (FISAS), que a fome continua a subir no mundo, apesar dos programas de erradicação lançados.

Segundo os últimos números apresentados em Nova Iorque no início desta semana, Graziano da Silva disse que a fome continua a subir, sendo que atualmente estima-se mais de 820 milhões de pessoas que são afetadas por este flagelo.

Contudo, adiantou que pior do que a fome é o número de famílias obesas no mundo, que atingiram os 830 milhões atualmente.

"A obesidade está em todo o lado, afeta crianças, homens e mulheres quer em países desenvolvidos quer em países em via de desenvolvimento", frisou.

O diretor-geral da FAO deixou uma mensagem e um alerta para que, rapidamente, se procurem novos modelos para enfrentar a epidemia da obesidade.

"Está na hora de procurar novos modelos para poder enfrentar a epidemia da obesidade e a insegurança alimentar. Só perdemos quando não lutarmos. É isso que temos que continuar a fazer", afirmou.

Outro dado que preocupa Graziano da Silva diz respeito ao número de pessoas que são afetadas pela insegurança alimentar em todo o mundo e que atualmente está nos dois biliões de indivíduos.

"Isto quer dizer que uma em cada quatro pessoas não sabe se vai ter o que comer durante uma semana. Essa insegurança [alimentar] aumenta quando há guerras ou secas", sustentou.

O diretor-geral da FAO sublinha que estes, são números assustadores: "Aumenta a fome, a má nutrição e aumenta a insegurança alimentar. Temos que fazer algo rapidamente para alterar isto".