Os dados do Sistema Europeu de Informação sobre incêndios florestais mostram que até 25 de Julho já arderam mais de 106.987 hectares em Portugal. Mais do que a média anual da ultima década e mais de um terço do que ardeu em toda a União Europeia.
Só no incêndio de Pedrógão Grande arderam 46 mil hectares de floresta.
Segundo as estatísticas disponíveis no site, a média da área ardida em Portugal, em igual período entre 2008 e 2016, é 17.195 hectares.
Em Espanha, os dados até 19 de Julho apontam para uma área ardida na ordem dos 32 mil hectares
A época de combate a incêndios começa a 15 de Maio e termina a 15 de Outubro, estando os meios de combate na sua capacidade máxima entre 1 de Julho e 30 de Setembro, a chamada "fase Charlie".
Área ardida nos maiores incêndios deste verão
Dados recolhidos a 27 de Julho
Veja aqui o mapa interactivo com a área ardida estimada pelo Sistema Europeu de Informação sobre incêndios florestais
Balanço nacional é inferior
Ainda esta semana, em conferência de imprensa, o comandante operacional nacional da Protecção Civil adiantou que, entre 1 de Janeiro e 24 de Julho, deflagraram 7.795 incêndios florestais, que consumiram um total de 75.264 hectares.
Ou seja, os fogos já consumiram o equivalente a 18 vezes a área do município do Porto.
Rui Esteves afirmou que a média do número de ocorrências de fogo e de área ardida é “muito superior” ao decénio de 2007 a 2016.
O comandante da Protecção Civil revelou ainda que foram detidas 64 pessoas por suspeita de fogo posto, com a Polícia Judiciaria a ser responsável por 39 dessas detenções e a GNR 25.
Segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o pior ano em total de área ardida nos últimos dez anos aconteceu em 2016, quando o fogo consumiu mais de 160 mil hectares, seguido de 2013 (152.756 hectares), 2010 (133.091 hectares), 2012 (110.232) e 2009 (87.421).