O ministro Adjunto e da Coesão Territorial considerou "difícil um entendimento" quanto ao Orçamento do Estado para 2025 nos termos exatos que o PS propôs esta sexta-feira, mas admitiu que ainda "há margem para negociação".
Em entrevista ao canal Now após o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ter respondido à contraproposta do Governo, Manuel Castro Almeida disse que "há um excesso" e que "o PS esticou demasiado a corda" e quer deixar "quase tudo na mesma" nas matérias do IRS jovem e IRC.
"O PS está a ser excessivamente exigente nas condições que coloca porque quer que o Governo, na prática, governe com o programa do PS (...) Acho difícil chegar a um entendimento exatamente nos termos que o PS acabou de propor", afirmou.
Ainda assim, Castro Almeida remeteu a posição final para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e admitiu que "há ainda uma porta aberta que permite uma negociação" se o PS "estiver na disposição de rever a sua posição".
"Vamos ver se é possível ou não. Não é o Governo que vai fechar as portas ao entendimento", disse, defendendo ser necessário "encontrar uma posição mais a meio caminho".
Questionado se o PSD deve negociar, em alternativa, com o Chega, o ministro Adjunto lembrou o compromisso de Luís Montenegro na campanha eleitoral.
"O Governo não pode impedir o voto do Chega a qualquer proposta do Governo, é muito bem-vindo (...) Não queremos é que o Governo dependa do Chega para se manter em funções, isso seria violar o "não é não" de Luís Montenegro", afirmou.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou hoje que o país está no "caminho da viabilização" do Orçamento do Estado e valorizou a aproximação que foi feita pelo Governo, mas apresentou uma nova proposta quer sobre os termos do IRS jovem, quer do IRC.
O PS está disponível para acolher a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer uma redução deste benefício de 13 para sete anos, e no IRC aceita a descida de um ponto percentual em 2025, desde que este imposto para as empresas não desça mais durante toda a legislatura.