Fundação AIS. 2019 foi "ano recorde para a hostilidade anticristã" na Europa
07-01-2020 - 15:30
 • Ana Lisboa

Ajuda a Igreja que Sofre alerta para aumento de ataques a igrejas e símbolos cristãos. Foram cerca de três mil no ano que agora terminou.

Em 2019 houve cerca de três mil ataques contra igrejas, escolas, cemitérios e monumentos cristãos por toda a Europa. Os dados foram divulgados esta terça-feira pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), com base numa pesquisa do centro de estudos e conselho de política internacional Gatestone Institute.

Foram feitos com base nos registos oficiais da polícia e nas inúmeras notícias e reportagens durante o ano passado na imprensa europeia e publicações nas redes sociais.

De acordo com este organismo, registaram-se em média “mais de cinco ataques por dia”, o que torna 2019 um “ano recorde para a hostilidade anticristã” no continente europeu.

Estes ataques foram particularmente significativos” em França e na Alemanha, mas também foram “comuns” em países como a Bélgica, Grã-Bretanha, Dinamarca, Irlanda, Itália e Espanha.

Entre os atos de violência contabilizados, houve incêndios, profanação de lugares de culto, pilhagens, roubo e vandalismo.

Catarina Martins Bettencourt, do secretariado nacional da Fundação AIS, diz que “tudo isto são sinais que nos mostram que há algo que está a mudar na Europa, na nossa comunidade. E é algo que temos que estar atentos e evitar que se transforme numa violência ainda maior e que se transforme também numa ausência de liberdade religiosa também aqui na Europa”.

Por isso, esta responsável admite que estes sinais “nos devem alertar e nós, enquanto cidadãos europeus, e às entidades oficiais responsáveis por estes assuntos tanto na Europa como em cada país, para que sejam tomadas medidas para evitar uma escalada ainda maior desta situação”.

Em seu entender, estes dados “apontam que é necessário que as autoridades de cada país olhem para estas novas comunidades que chegam e tentar integrá-las, tentar que não haja esta agressão contínua ao espaço que já existia, ao espaço que já estava, portanto, chegar e não respeitar a cultura local. É preciso um grande trabalho por parte das entidades oficiais, por parte de organizações, para alertar, para educar e para formar as pessoas para que possa haver respeito”.