Pedro Proença pede "outro tipo de atenção" do governo ao futebol
10-10-2018 - 22:45

Presidente da Liga de clubes aborda ameaça dos clubes de parar os campeonatos profissionais e de formação.

Pedro Proença abordou, esta quarta-feira, a ameaça dos clubes de parar os campeonatos profissionais e de formação. Ameaça vocalizada pelo presidente do Marítimo, Carlos Pereira, após a Cimeira de presidentes dos clubes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

"O que os clubes querem são prazos objetivos por parte do governo. Não é nesta altura que estamos a discutir quais devem ser as formas de protesto, mas devemos fazê-lo com ponderação e com capacidade de agregação. Queremos que o Governo ouça o futebol profissional, cujas contribuições nos elevam para um patamar que obriga a tutela a ter outro tipo de atenção. Existe um cronograma definido com o próprio Governo. Temos a certeza de que, por parte da tutela, também haverá disponibilidade para aceitar como razoável toda a argumentação da reunião do dia 4 de outubro e, portanto, as coisas acontecerão naturalmente e com toda a elevação. A tutela considerava as nossas ansiedades como algo que, para eles, tinha muito significado", assinalou o presidente da LPFP, em declaração aos jornalistas, após a Cimeira.

Proença elogiou "a agregação, a capacidade de os clubes se envolverem em matérias que consideram estruturais". A grande preocupação levada ao secretário de Estado do Desporto foi a discussão da lei da violência: "Os clubes querem mais do que o que está a ser aprovado. Passados três anos das verbas distribuídas em apostas desportivas, os clubes reclamam um quinhão muitíssimo importante relativamente às apostas desportivas em ligas internacionais. Esta é uma discussão de inclusão".