As duas faces da mesma moeda leonina revelaram, no Funchal, características completamente diferentes: contra o Nacional, os leões protagonizaram uma atuação guerreira, num terreno impraticável, o que mais valorizou o seu triunfo, e cada jogador bateu-se como um leão em circunstâncias inaceitáveis para praticar futebol.
Ontem à noite, frente ao Marítimo, a equipa de Rúben Amorim apareceu nos Barreiros sem juba, e sem a mesma capacidade que demonstrara três dias antes.
Face ao que aconteceu, parece justificada a dúvida sobre se terá sido recomendável a opção do técnico leonino ao fazer seis alterações na equipa inicial apresentada ontem.
Os factos decorrentes do jogo poderão ter acentuado essa interrogação.
E, depois, a eficácia que fora o principal trunfo dos leões no jogo da Choupana, ficou fora de campo, ao contrário do que aconteceu com o seu adversário funchalense, que segue para os quartos-de-final da Taça de Portugal revestido de inteira justiça.
Por via desta descuidada eliminação, o Sporting Clube de Portugal deixa mais um objetivo pelo caminho, restando-lhe agora a Taça da Liga, que está quase à porta, e o Campeonato da Liga, que comanda com inteira justiça.
Na sexta-feira próxima, noite do grande clássico Porto-Benfica, os leões vão ter nova prova no seu próprio estádio, onde será anfitrião do sempre voluntarioso Rio Ave.
Mais um teste, este agora mais relevante, dada a jornada negativa de ontem, em que, sobretudo, será feita uma avaliação à capacidade dos leões sob o ponto de vista psicológico.
Rúben Amorim e os seus jogadores terão então uma palavra importante a dizer.