Oito dicas para ajudar o seu filho a ter sucesso na escola
19-07-2024 - 06:05
• Cristina Nascimento
Vice-presidente da Ordem dos Psicólogos, especialista em educação, aconselha manter proximidade com a escola e manter canais de comunicação abertos com as crianças e jovens, entre outros conselhos.
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Terminado o ano letivo, começou a época de exames nacionais de 12.º ano. É uma altura fundamental no percurso dos alunos, quer estejam a terminar a escolaridade obrigatória e ingressem já no mercado laboral, quer para aqueles que querem continuar os estudos no Ensino Superior.
O sucesso escolar das crianças e jovens não se constrói de um dia para o outro e a família é um dos fatores determinantes num percurso bem-sucedido.
Em entrevista à Renascença, Sofia Ramalho, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos e especialista em educação, aponta oito ideias que os pais devem seguir para orientar os mais novos.
- Estar presente e acompanhar o dia a dia dos filhos. Não significa pressionar os jovens todos os dias para contarem como foi o dia na escola, mas sim promover um diálogo permanente entre pais e filhos. Sendo um diálogo, os pais também podem e devem partilhar como foi o seu dia.
- Conhecer o seu filho, saber o que é que ele quer. Aceitar que ele possa ainda não saber o que quer, mas tentar perceber o que é que ele gosta de fazer, de forma a permitir traçar um percurso. Conhecer quais são os objetivos de vida, não só a nível académico.
- Mostrar um equilíbrio entre regras que os pais devem colocar com o apoio emocional e a segurança que devem dar. Fazer verbalizações positivas, por exemplo: “que bom que tiveste este resultado”, “foste capaz”.
- Vigiar e ter a certeza que, quando estão a estudar, estão realmente a estudar. Também deve acautelar que eles façam pausas no estudo. No entanto, também dar autonomia no estudo. Por exemplo, sugerir que a criança trabalhe sozinha durante “x” minutos e, no fim, verificar com o filho se há dúvidas.
- Estimular a cooperação e os ambientes de cooperação. A cooperação pode ser, por exemplo, nas tarefas domésticas ou envolver a criança e o jovem na tomada de decisão sobre um programa de fim-de-semana familiar.
- Permitir que o jovem se sinta útil participando, por exemplo, em atividades associativas ou participar em atividades voluntárias, em conjunto com os pais ou individualmente. Este tipo de participações faz com que os jovens sintam que aquilo que fazem é útil para alguém. A satisfação de nos sentirmos úteis para alguém vai gerar sentimentos de eficácia, de sucesso e vai empoderar o jovem também na dimensão académica.
- Estar em ligação constante com a escola, sendo que a relação com a escola não deve limitar-se a estar presente nas reuniões de pais. Deve-se acompanhar a vida escolar, perguntar como vai o filho, questionando os professores, por exemplo, através de email para ser mais fácil compatibilizar com o resto das agendas. Quando há alguma coisa menos boa acontece, ouvir a versão dos filhos, mas também a versão da escola.
- Apresentar as expectativas que os pais têm dos filhos, mas devem ser expectativas realistas e tangíveis, que a criança e o jovem sintam que são capazes de as realizar.