António Figueiredo: "O apito dourado está de volta"
20-02-2017 - 12:45
 • João Fonseca

O antigo vice-presidente do Benfica critica as actuações de Luís Ferreira e Tiago Martins e pede a demissão do Conselho de Arbitragem.

António Figueiredo, antigo vice-presidente do Benfica, utiliza um tom irónico para classificar actuações de Luís Ferreira, no Dragão, e de Tiago Martins, em Braga, como exemplos de um fim-de-semana "em grande".

Em Bola Branca, o ex-dirigente é cáustico na análise, concluindo que "o apito dourado está de volta". Figueiredo fala de um árbitro que transformou "faltas ao contrário", no Porto-Tondela. "Um agride e o outro é expulso", avalia, na análise à falta que resultou no segundo amarelo a Osorio. O central foi penalizado, ainda, por uma falta sobre Soares, dentro da área, num lance "inventado, porque o empurrão é dado pelo atacante", defende o antigo dirigente dos encarnados.

Já em Braga, "ficaram dois penáltis por assinalar" pelo árbitro Tiago Martins a favor do Benfica, contabiliza António Figueiredo, que desculpabiliza a equipa de arbitragem num lance ocorrido com Mitroglou dentro da área, mas no lance entre Salvio e Rosic "não viram porque não quiseram".

Responsabilidade do Conselho de Arbitragem

Em jeito de conclusão, o antigo responsável pelo futebol benfiquista considera como "dois atentados" as nomeações do Conselho de Arbitragem, ao mesmo tempo que permitiu que "os dois melhores árbitros portugueses", Artur Soares Dias e Jorge Sousa "andem a passear pelo Mundo", a apitar no Qatar e na Arábia Saudita.

"Não cabe na cabeça de ninguém que tenhamos a casa a arder e irmos apagar o fogo da casa do vizinho. Isto não quer dizer que os árbitros de maior categoria não errem. Haverá sempre erros, não se pode é errar tanto e sempre para o mesmo lado. Não se pode errar tanto, porque quem erra muito, é incompetente e se é incompetente não pode desempenhar a tarefa", acrescenta.

Por estes motivos, António Figueiredo entende que a reunião solicitada por Luís Filipe Vieira ao Conselho de Arbitragem "não vale a pena". Em seu entender o que valeria a pena era que o presidente da Federação, Fernando Gomes, demitisse o órgão gerido por Fontelas Gomes e junta outro dado para sustentar o seu pedido.

"Já deram provas da sua incompetência e nalguns casos existe até uma impossibilidade. Eu jamais faria parte de um organismo qualquer que estivesse a julgar um familiar meu. Não é concebível que um dos vice-presidentes do CA tenha um irmão ainda em actividade, não é concebível", enfatiza o antigo dirigente.