Mãe pediu ajuda para levar filho autista de 13 anos ao hospital. Polícia baleou-o
09-09-2020 - 20:58

Golda Barton, mãe de um rapaz com síndrome de Asperger, ligou a pedir ajuda porque filho estava a ter um esgotamento. Quando o filho fugiu da polícia a pé, e após uma "curta perseguição", um agente disparou contra ele.

Um agente da polícia de Salt Lake City, nos EUA, baleou um jovem de 13 anos que sofre de síndrome de Asperger, depois de uma perseguição e após um pedido de ajuda da mãe.

A polícia foi chamada na sexta-feira à residência por Golda Barton, mãe de Linden Cameron, que estava a sofrer uma crise psiquiátrica. A síndrome de Asperger está incluída no espectro de autismo.

Barton contou à imprensa americana que tinha solicitado o envio de uma equipa para transportar o seu filho para o hospital, pois estava a sofrer um “esgotamento”.

A mãe adiantou que Linden não estava armado, dizendo que era apenas um rapaz que estava a tentar chamar a atenção, e que não se sabia controlar.

Acrescentou ainda que, quando os agentes chegaram a sua casa, lhe foi dito para ficar onde estava enquanto a polícia perseguia a pé o filho, que tentou fugir. Pouco depois ouviu vários tiros.

Já a polícia disse que tinha sido chamada ao local para responder a um incidente com um jovem a atravessar uma crise psíquica e que tinha ameaçado pessoas com uma arma.

Linden encontra-se ferido com gravidade, tendo sido baleado nos ombros, tornozelos, intestinos e bexiga.

Enfurecida, a mãe perguntou porque é que tinha sido necessário atirar contra o seu filho. “É uma pequena criança. Porque é que não o placaram? Vocês são homens grandes, com imensos recursos. Por amor de Deus.”

Os Estados Unidos têm sido abalados por meses de protestos contra casos de violência policial, mais especificamente contra pessoas negras. Linden Cameron é branco, mas o incidente poderá inflamar ainda mais o ambiente no país.