Em Lisboa, há uma escola onde os telemóveis ficam à porta
17-09-2018 - 08:19

Neste regresso às aulas, os telemóveis não entram na Escola Profissional Metropolitana de Lisboa.

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O novo ano letivo começa com mudanças na Escola Profissional Metropolitana de Lisboa: os telemóveis são proibidos nas salas e corredores. A medida entrou em vigor a 1 de setembro e serve para todos, sejam alunos, professores ou músicos.

António Mega Ferreira, diretor da escola, sentiu que "era a altura de pôr um pouco de ordem na utilização dos telemóveis". Isto porque, diz, desengane-se quem pensa que este é um problema apenas dos jovens. "Verificámos, nos últimos anos, que além de ser uma prática comum nos estudantes, ela estava a alastrar também a outras classes sócio-profissionais", conta à Renascença.

A direção da escola diz que a regulamentação resulta das "queixas que se foram acumulando por parte de professores nos últimos dois, três anos" relativamente ao uso excessivo do telemóvel durante as aulas.

Por isso, neste ano letivo, o telemóvel está proibido nas salas de aulas, nos ensaios dos músicos e nos corredores. Contudo, há exceções dentro do edifício. "Há áreas em que os alunos, os professores e os músicos podem utilizar o telemóvel para fins pessoais", diz António Mega Ferreira.

Também os tablets e computadores portáteis só podem ser utilizados em contexto de aula ou estudo se autorizados pelos professores. Outra exceção são os ensaios dos músicos, durante os quais "já se recorre muito ao tablet" para ver as partituras.

A Metropolitana é uma instituição cultural sem fins lucrativos, “com formação de Nível III, equivalente aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, já conta cinco ciclos de formação completos, mais de 90 alunos formados nos cursos de Instrumentista de Cordas e Instrumentista de Sopros e Percussão”, pode ler-se no site da escola.