Portugal vai contestar quotas de pesca
12-12-2016 - 11:22

Dois dias de reunião dos ministros responsáveis pelas pescas dos “28” deverão resultar num “bater do pé” por parte de Portugal. Na imprensa desta manhã fala-se também de paraísos fiscais e de acordos de repatriamento.

Hoje é o primeiro de dois dias de reunião dos ministros das pescas da União Europeia para decidir os totais admissíveis de captura e o “ Jornal de Notícias” revela que Portugal vai a Bruxelas contestar a redução das quotas, nomeadamente da pescada e do areeiro, duas espécies importantes para o sector nacional das pescas.

No “Diário de Notícias”, a União Europeia apresenta hoje em Bruxelas o primeiro acordo de repatriamento com um país africano. O jornal explica que o acordo União Europeia-Mali prevê medidas de promoção do emprego jovem, reforço das capacidades das forças de segurança e aprofundamento da cooperação com os países vizinhos. O objectivo desta estratégia é, no fundo, contrariar as causas mais profundas da imigração irregular e favorecer o regresso dos migrantes malianos que chegam à Europa. O número é bastante significativo. Em 2014, partiram do Mali cerca de 13 mil requerentes de asilo que se somam a mais 8.400 no ano passado, dados do Eurostat. E porque o Mali não é caso único, a UE está a negociar acordos deste tipo com outros países africanos, designadamente a Etiópia, o Níger, a Nigéria e o Senegal.

Viramos a página para o holandês “NL Times” que revela que a Holanda é o maior paraíso fiscal da União Europeia e o terceiro maior em todo o mundo. A lista elaborada pela Oxfam, uma organização não governamental sedeada no Reino Unido, é liderada pelas Bermudas e pelas Ilhas Caimão. São, como sabemos, destinos bem mais conhecidos e bem mais apetecíveis para as grandes fortunas que tentam escaper aos impostos.

Na opinião, há dois assuntos a dominar as páginas dos jornais desta segunda-feira. No jornal “i”, Feliciano Barreiras Duarte fala da “Grécia, a Europa e os refugiados”. O artigo começa com uma citação de Alexis Tsipras. O Primeiro-ministro da Grécia considera que “a Europa é um sonâmbulo a caminhar para o precipício”. Ora Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de estado do PSD, diz que nunca pensou que alguma vez iria concordar com Tsipras mas ficou agradavelmente surpreendido com a proposta do chefe do governo de Atenas que pede sanções para os estados-membros da UE que recusem receber refugiados.

E, a fechar, um aviso de Wolfgang Munchau. O editor do “Financial Times” considera que “A Itália representa uma enorme ameaça para o euro e para a União”. Munchau deixa esse alerta, à atenção de Bruxelas e toda a Europa: “um dia, a Itália será governada por um partido a favor da retirada da moeda única”.