O Ministério da Defesa quer mais justiça social na distribuição das casas aos militares.
Fonte do gabinete de João Gomes Cravinho disse à Renascença que o regime do arrendamento apoiado para habitação deve garantir aos beneficiários com mais dificuldades a oportunidade de acederem a uma habitação que lhes permita viver com a dignidade inerente à condição de militar.
Numa altura em que as alterações ao regime de habitação social estão em fase de consulta publica, o “Jornal de Notícias” informa que há militares que pagam 200 euros por mês por casas de seis assoalhadas. Segundo dados fornecidos à Renascença, dos 1142 arrendatários de propriedades das Forças Armadas em regime de renda económica, apenas 190 pagam mais do que 200 euros de renda, com a maioria a pagar entre 100 e 200 euros e 66 arrendatários a pagar até 20 euros por mês.
Em relação às propriedades, cerca de metade estão arrendados a militares do exército, com 744 de um total de 1530. Os militares da Força Aérea e da Marinha arrendam 258 e 295, respetivamente, com os restantes 233 arrendadas a civis ou outros. Ainda segundo os dados a que a Renascença teve acesos, a esmagadora maioria dos arrendatários têm mais de 60 anos.
As Forças Armadas têm no total 2127 frações, dos quais 597, ou 28%, estão devolutas. Lisboa é a cidade com maior percentagem de frações, mais de metade, seguida de longe por Almada e Queluz.
A Renascença sabe que a Associação Nacional de Sargentos já entregou o seu parecer sobre este assunto, que será discutido na quinta-feira 23 de maio, no dia 15 deste mês.
[Notícia atualizada às 16h49]