Automóvel Clube de Portugal atribui culpas ao autarca de Borba. "É o grande responsável"
21-11-2018 - 13:07
 • Isabel Pacheco

À Renascença, presidente do ACP considera "inaceitável" que estrada que ruiu "não estivesse cortada".

O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) considera “inaceitável” que “estrada que ruiu não estivesse cortada”.

Em entrevista à Renascença, Carlos Barbosa não hesita em apontar o líder do executivo de Borba como o “único responsável” pela tragédia.

“O presidente da câmara é o grande responsável por este acidente, sobretudo, sabendo que todos os dias passava naquela estrada um autocarro com 50 crianças”, critica.

Para evitar tragédias semelhantes, Carlos Barbosa defende uma “fiscalização mais apertada” das estradas do nosso país e a responsabilização dos proprietários dos equipamentos, sejam eles os “municípios, governo ou as concessionárias”.

“Na última revisão do código da estrada propuséssemos que os donos dos equipamentos também fossem responsáveis pelos acidentes se fosse caso disso, mas o governo ignorou a nossa recomendação”, lamanta o presidente do ACP que acredita que a tendência é para o agravamento do estado das estradas, “seja devido ao mau estado do tempo, seja pela falta de dinheiro” para a sua conservação.


Na segunda-feira, um troço da antiga EN 255, na zona de Borba, localizada entre duas pedreiras, foi engolida, provocando pelo menos dois mortos e três desaparecidos. As autoridades dizem que as operações de resgate podem demorar semanas. Os perigos daquela estrada já estavam sinalizados há pelo menos dois anos.