​Marcelo e as alegadas agressões na GNR. “Ministro fez o que tinha a fazer”
03-12-2018 - 19:05

Presidente da República revela que manteve contacto com o ministro da Administração Interna sobre o caso denunciado pela imprensa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fez o que tinha a fazer no caso das alegações num curso da GNR, afirmou esta segunda-feira o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa revela que manteve contacto com o ministro da Administração Interna sobre o caso denunciado pela imprensa.

“Ontem [domingo], falei com o sr. ministro da Administração Interna que me esclareceu tudo o que tinha decidido fazer e penso que aquilo que havia a fazer o sr. ministro da Administração Interna fez e o que não pode correr por via administrativa, eventualmente, se for caso disso, correrá por via de investigação judicial”, disse o Presidente da República.

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito de natureza criminal para investigar o alegado espancamento de dez formandos da GNR em treinos num curso em Portalegre, informou esta segunda-feira a Procuradoria-geral da República (PGR).

Numa resposta enviada à agência Lusa, a PGR refere que "o Ministério Público determinou a instauração de inquérito relacionado com a matéria".

Cerca de dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

A Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência numa ação de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

No domingo, o Ministério da Administração (MAI) Interna ordenou à Inspeção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.