Luís António Santos e o jornalismo do futuro na UE
10-04-2021 - 00:18
 • José Bastos

Investigador da Universidade do Minho olha para bases de rigor, criatividade, pluralidade e confiança na comunicação de qualidade no pós pandemia.

Até que ponto mudou a nossa vida, a forma de escolher e consumir informação e se alterou a nossa opinião durante a pandemia?

Que legado fica deste período de crise sanitária para a produção e consumo de informação num período histórico – iniciado bem antes da Covid-19 – marcado pelo volume brutal de dados, informações – fake news também – ancorados nas redes sociais?

No caso imediato da pandemia os primeiros indicadores, ainda a ser depurados na academia, sugerem ter havido uma maior perceção do risco pandémico entre os setores sociais com maior exposição a notícias sobre o coronavírus.

Mas, claro, até os mais testados consumidores de informação, não são imunes às fake news. Notícias falsas que deram mesmo origem a fenómenos designados como infodemia, a pandemia informativa que promete prolongar-se no tempo muito para além da crise sanitária.

Num momento histórico marcado pelo volume avassalador de dados de todo o tipo e a todo o tempo em fluxo torrencial, o 'clique' é o veículo da escolha da plataforma onde recebemos a informação, mas também onde escolhemos a origem e, não menos importante, o formato.

Coincidindo com mais um aniversário de uma marca de referência da informação em português, vamos percorrer, com a ajuda do investigador e professor Luís António Santos, da Universidade do Minho, pistas e tendências que se devem manter e prováveis novos rumos do jornalismo e da comunicação do futuro. Que escolhas vão ser exigidas pelos consumidores e que desafios representam para quem produz a oferta de conteúdos?

O diálogo passará ainda pelo papel da União Europeia no diálogo que urge com os gigantes tecnológicos que - na sua posição dominante de mercado na pesquisa online - criam desequilíbrios, enquanto beneficiam de conteúdos jornalísticos sem pagarem o justo valor.

Por último, e não menos importante, ainda em análise dos riscos da intervenção do algoritmo e da IA que, nalguns casos, já substituem o fator humano nos processos de escolha editorial.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus