Lisboa e Berlim
12-09-2021 - 00:13
 • José Bastos

Nuno Garoupa, Nuno Botelho e José Alberto Lemos e as eleições de 26 de setembro como indicador avançado do próximo ciclo político.

Autárquicas ou legislativas alemãs? Em duas semanas, a 26 de setembro, quais vão ser as eleições mais determinantes no futuro coletivo do país no médio, longo prazo?

Serão as eleições autárquicas pelo potencial de disrupção no desenho partidário, em particular na liderança do PSD, ou as legislativas alemãs pelo que podem arrastar de decisivo para as políticas europeias?

A questão redobra de importância agora que Angela Merkel, de saída, permitiu uma torrente contínua de fundos para o sul, quando no norte da Europa já se erguem vozes contra a época – interminável – de juros baixos.

Das autárquicas só parece emergir uma dúvida: saber se podem sinalizar um início de mudança de ciclo político. Indicar um eventual começo de recuo do PS (no poder 19 anos dos últimos 26) ou sugerir uma recuperação do centro direita rumo a um quadro em que tenha mais votos que o PS e toda a esquerda junta.

As autárquicas como indicador avançado do próximo ciclo político, o efeito da pandemia no reforço dos incumbentes com o eleitorado propenso a impedir oscilações de voto, a retoma económica pós-pandemia e os 20 anos do maior ataque terrorista da história, o 11 de setembro, são os temas em debate.

A análise é de Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, Nuno Botelho, presidente da ACP – Câmara de Comércio e Indústria e do jornalista José Alberto Lemos.