Luís Filipe Vieira não tem dúvidas de que ganharia umas hipotéticas eleições à presidência do Benfica, contudo, não tenciona regressar.
Em entrevista à CMTV, esta segunda-feira, o ex-presidente do Benfica, deposto após a detenção no âmbito da operação "Cartão Vermelho", rejeita o regresso e deseja muito anos no cargo a Rui Costa, seu sucessor.
"Não vou, não há hipótese de voltar. O que se passou comigo, as imagens, o que passou o meu filho. O que sacrifiquei", afirma. Ainda assim, deixa uma garantia: "A convicção que tenho é que ganhava as eleições [se acontecessem amanhã]. Não tenho dúvidas disso."
Apesar de confessar estar "bastante magoado" com Rui Costa, seu sucessor, Vieira deseja-lhe um longo mandato na presidência do Benfica.
"Deus queira que o Rui Costa esteja muitos anos no Benfica e que eu possa ir todos os anos ao Marquês festejar", sublinha o empresário.
"Nunca roubei o Benfica"
Vieira assegura estar inocente das acusações que o Ministério Público (MP) lhe imputa, uma delas de que lesou o Benfica em cerca de dois milhões de euros, e considera que está a ser alvo de "caça".
"De certeza absoluta, nunca roubei o Benfica. O Benfica se calhar roubou-me muito da minha vida familiar e empresarial. Passei 12 anos por burlão no caso BPN. Espero que neste caso também seja inocentado em vida, não em morto. Têm de provar que fiz o que quer que seja", frisa.
O antecessor de Rui Costa na presidência do Benfica lembra que o dia da detenção foi a quarta fez que a Polícia Judiciária lhe fez buscas em casa.
"Parece que de propósito, que alguém quer a minha cabeça, que sou um troféu na cabeça para alguém", atira. Troféu para quem, não sabe:
"Parece que saiu uma lista e fui escolhido por alguém para ser um bode expiatório para muita coisa. Já disseram que ia ser o bombo da justiça."