E se em vez de um táxi, apanhasse uma scooter?
20-04-2017 - 16:01

O “car sharing” é uma realidade em Portugal e até já é possível partilhar bicicletas. Agora, chegou a vez das scooters. Tudo em nome de viagens mais económicas e sustentáveis.

E se em vez de pegar no seu carro ou apanhar um táxi, apanhasse uma scooter para ir para o trabalho ou almoçar a qualquer lado? Os portugueses do Centro de Excelência de Inovação da Indústria Automóvel (CEIIA) desenvolveram a tecnologia que torna isso possível.

“O que interessa é ir do ponto A para o B da forma mais económica e sustentável e também mais confortável para a nossa necessidade imediata”, afirmou André Dias, da CEIIA, no programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.

O projecto foi lançado esta quarta-feira e funciona através de uma aplicação no telemóvel.

“Todas as scooters estão permanentemente ligadas ao nosso sistema e é possível ver a localização, em tempo real, de todas elas, bem como a autonomia delas”, uma vez que são eléctricas”, explica o coordenador do projecto de “scooter sharing”.

Ao descarregar a aplicação, é pedido uma fotografia do Cartão do Cidadão e da carta de condução e ainda o número do cartão de crédito. A partir daí, pode usar a moto, que tem sempre dois capacetes disponíveis.

No total, existem 170 scooters disponíveis, “que nos permitem cobrir a cidade de Lisboa”, sobretudo o eixo central. À medida que a procura for aumentando, a oferta irá sendo actualizada.

A pessoa pode, assim, deslocar-se para onde quiser e estacionar junto ao local de destino. Não existem parques destinados a este serviço.

Neste projecto, em parceria com a CEIIA, está a maior rede europeia de aluguer de scooters, a espanhola Cooltra, que investiu 20 milhões de euros.

O negócio da partilha de veículos não é novo em Portugal. Outras empresas já o fazem, incidindo, sobretudo, no automóvel. É o caso da CP, da EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa) e dos transportes de Lisboa, com o serviço Mob.