O arcebispo de Manaus pede o fim da sobrelotação nas cadeias e condena a banalização da morte, numa nota em que condena o motim ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, na capital do Estado do Amazonas, que fez, pelo menos, 60 mortos.
No texto divulgado esta terça-feira, o bispo D. Sérgio Eduardo Castrini insurge-se “contra a mentalidade daqueles que banalizam a vida, achando que a mesma é descartável, e onde se pode matar e praticar todo tipo de crime e violência contra os cidadãos”.
O documento, que é assinado também pelos responsáveis da Pastoral Prisional da arquidiocese amazónica, manifesta solidariedade às famílias enlutadas.
Os responsáveis da pastoral prisional em Manaus recordam que o Estado tem de “cuidar e garantir a integridade física” de cada detido, lamentando que o actual sistema não recupere cidadãos mas se apresente, pelo contrário, como uma “escola de crime”.
A arquidiocese de Manaus vai promover uma celebração eucarística em sufrágio pelas vítimas no próximo sábado, dia 7, na catedral da Imaculada Conceição.