Paulo Rangel. "As opiniões divergentes no partido não me picam, o que me pica é o fraco governo do PS"
24-10-2021 - 20:15
 • Henrique Cunha com Renascença

Rangel respondeu a Rio e lançou inúmeras críticas ao governo de António Costa.

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel não gostou de ouvir o seu adversário na corrida eleitoral dizer que se "sentia picado", e este domingo respondeu a Rui Rio na apresentação da sua candidatura no Palácio da Bolsa, no Porto.

"Alguns estão aqui espantados por estarmos a fazer oposição veemente e dura. As opiniões divergentes dos meus companheiros de partido e dos meus competidores eleitorais não me picam, não me levam a fazer voos picados, nem voos picantes. A mim o que me pica, o que me espicaça, o que verdadeiramente me dói é a fraca governação do governo PS", desfiou Rangel.

E num tom que o próprio definiu de “muito sério”, Paulo Rangel criticou a alegada divisão de militantes feita pela candidatura de Rui Rio.

Rangel considera “desprezível a divisão entre militantes livres e militantes não livres”: "Só há uma qualidade de militantes, militantes livres", enfatizou.

Paulo Rangel garantiu que aceita todos os calendários e garantiu que está preparado para um eventual cenário de crise politica, ao mesmo tempo que referiu a necessidade do líder do PSD estar legitimado pelas eleições de 4 de dezembro; eleições que classificou de “regulares”.

Paulo Rangel dedicou boa parte do seu discurso a criticar o Governo e garantiu que com ele haveria oposição e “oposição da dura”. E no ataque a António Costa acusou o primeiro-ministro de usar a negociação do Orçamento para tentar alterar o código laboral.

sensato, é aceitável, que o Governo Costa altere as leis laborais e que o faça à socapa, às escondidas, nas costas da concertação social? O que espera Costa da recuperação da economia, depois de ter ferido de morte a concertação social, a paz social dentro das empresas? Como é possível numa altura fundamental para a retoma que estejamos a fazer recuos gravíssimos para a recuperação da economia portuguesa", definiu o candidato à liderança do PSD.

Rangel acusou Costa de não ter visão de futuro e de tratar apenas da sua sobrevivência e com isso “gerir a pobreza que é cada vez maior, mais clara e mais gritante”.

Por último, o candidato anunciou que o PSD está de volta: "Temos de pôr vontade e ambição no coração dos portugueses (...) para podermos dizer que o PSD está de volta".