Comércio de Braga resiste e não deixa cair a máscara. "O seguro morreu de velho"
22-04-2022 - 15:03
 • Isabel Pacheco

A partir desta sexta-feira, as máscaras deixam de ser obrigatórias em espaços fechados. Uma nova realidade que parece não ter convencido o comércio tradicional de Braga, onde a máscara continua a ser uma opção.

Apesar da lei já não o obrigar, na drogaria de José Castro, em Braga, ninguém deixou cair a máscara. Nem o proprietário, nem os clientes.

“Os clientes vêm com máscara. Eu também uso”, atira o empresário que acredita, ainda, ser cedo para deixar a máscara de parte. “Acho que a pandemia, na minha opinião, ainda, não está devidamente controlada. Portanto, o seguro morreu de velho”, remata.

Já sobre os clientes que entram no estabelecimento sem proteção, José Castro diz que, apenas, lhe resta deixar o conselho. “Recomendo, mas, como a lei já não obriga, o cliente já tem a facilidade de não usar”.

Uma facilidade que Isabel Barbosa descarta, pelo menos, para já. A cliente, que entrou na drogaria de máscara colocada, garante que assim vai continuar, pelo menos, nos próximos tempos.

“Ando com ela [a máscara] e não me custa nada", garante a bracarense, que adianta que não vai abandonar a medida de proteção contra a Covid-19. "Sim, em espaços fechados, por uma questão de segurança", explica.

Opinião diferente tem Sara Miranda. É a única entre os quatro funcionários de uma loja de utilidades, na Avenida da Liberdade, a trabalhar sem máscara.

“Temos de nos habituar a esta realidade. Uma vez que a lei já não obriga e que nos deram esta oportunidade, temos de aproveitar”, justifica a jovem que adianta que, ainda assim, “95 % dos clientes” continuam a usar a máscara. “Talvez a partir de segunda-feira as pessoas comecem a deixar”, atira Sara.

Também os clientes do espaço de estética de Joaquina Cerqueira continuam a chegar com máscara. Um hábito que, independentemente da lei, a cabeleireira promete não abandonar. Nem isso, nem o sistema de marcações.

“Por enquanto, vou manter a máscara porque não me incomoda nada. Depois, as clientes fazem o que acharem que devem fazer. Cada um tem de ser responsável por si”, remata.

A partir desta sexta-feira, as máscaras deixam de ser obrigatórias em espaços fechados à exceção de hospitais, lares e transportes públicos. O decreto-lei que simplifica a medida adotada no âmbito do combate à covid-19 foi publicado, esta quinta feira, em Diário da República.