Há mais de um ano que 40 psicólogos aguardam pelo fim de um concurso de admissão no Serviço Nacional de Saúde (SNS), denuncia a Ordem dos Psicólogos.
Em declarações à Renascença, o bastonário Francisco Miranda Rodrigues lamenta o sucessivo adiamento da contratação.
“O facto de estarmos há ano e meio à espera que um concurso tenha os avanços significativos para colocar 40 psicólogos, isso significa que há Orçamentos do Estado atrás de Orçamentos do Estado que têm uma verba prevista que nunca é executada, para este efeito pelo menos, porque os psicólogos, até hoje, nunca foram colocados”, afirma o responsável.
Francisco Miranda Rodrigues defende, por isso, que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020 deve ser melhorada na área da saúde mental.
“Espero que a Assembleia da República decida em conformidade e melhor a proposta de Orçamento do Estado”, sublinha.
A Ordem dos Psicólogos reage com preocupação aos dados revelados, esta quarta-feira, pelo Observatório Português dos Cuidados Paliativos, que alertam para a falta de recursos humanos que permitam um cuidado integral dos pacientes.
Em média, as equipas e os médicos de cuidados paliativos dispõe, de nove minutos, ou menos, por cada doente, o que revela um défice de profissionais especializados. Já os psicólogos e assistentes sociais, têm, apenas, um a dois minutos.
Na leitura do bastonário Francisco Miranda Rodrigues, a explicação está na insuficiência de apoio psicológico na área.
“Se nós não atingirmos um número mínimo que permita dar um apoio real à necessidade que estas pessoas têm, não há muitas estratégias de otimização que possamos fazer para que este serviço esteja efetivamente acautelado e disponível para estas pessoas”, afirma Francisco Miranda Rodrigues, em declarações à Renascença.
O bastonário da Ordem dos Psicólogos espera que o Orçamento do Estado para 2020 responda às necessidades na área.