O Papa alerta para os perigos da inteligência artificial. O repto é lançado na antevisão da mensagem para o próximo dia Mundial da Paz, que se assinala a 1 de janeiro de 2024. A mensagem terá por tema "Inteligência Artificial e a Paz".
De acordo com uma nota do Vaticano divulgada esta terça-feira, Francisco reconhece os "avanços notáveis" que estão a ter um "impacto cada vez mais profundo" na vida pessoal e social, na politica e na economia e a necessidade de impedir "lógicas de violência e discriminação", em particular contra os mais frágeis e excluídos.
O Papa pede "vigilância" e um "diálogo aberto" sobre o significado da Inteligência artificial e a importância de usar essas novas tecnologias ao serviço da humanidade e para proteção da casa comum.
Em 2015, Francisco reconheceu ser "um desastre" com a tecnologia, mas também chamou a internet, as redes sociais e as mensagens de texto de "um presente de Deus", desde que usadas com sabedoria.
Em 2020, o Vaticano uniu forças com as gigantes da tecnologia Microsoft e IBM para promover o desenvolvimento ético da IA e defender a regulamentação de tecnologias intrusivas, como o reconhecimento facial.
Em julho deste ano, a Casa Branca anunciou que algumas das maiores empresas ligadas à Inteligência Artificial (IA), como a Amazon, Google e Meta, vão adotar adotar novas medidas de segurança de forma proativa.
O compromisso das sete empresas - Amazon, Alphabet, Antropic, Google, Meta, Microsoft, e OpenAI - foi assumido de forma voluntária junto da administração norte-americana, com o objetivo de implementar medidas como a marca d'água de conteúdo gerado por IA para ajudar a tornar a tecnologia mais segura, adiantou a administração Biden.
As empresas irão testar estes sistemas antes de os divulgar e compartilhar informações sobre como reduzir riscos e investir em segurança cibernética.