No "ranking" tradicional há apenas uma escola secundária pública nas
30 mais bem cotadas. Mas este ano o Ministério da Educação introduziu uma
novidade: o indicador “percursos directos de sucesso”, que mede a progressão
dos alunos que à entrada para o ensino secundário tinham um nível escolar
semelhante. Com ele, a
Renascença elaborou um novo “ranking”, onde as públicas
ganham terreno.
Contam para esta análise os alunos da escola que obtêm classificação positiva nos exames das duas disciplinas trienais do 12.º ano, após um percurso sem retenções nos 10.º e 11.º anos de escolaridade.
O objectivo é perceber se o trabalho desenvolvido ao longo do Secundário conduziu a resultados também iguais, ou se, pelo contrário, os alunos da escola tiveram desempenhos superiores/inferiores aos dos seus colegas ao nível nacional.
Este “ranking” é liderado por uma escola pública, a Básica e Secundária Vila Cova, em Barcelos, no distrito de Braga.
No final do percurso sem retenções no triénio 2014-2016 e comparando todas as escolas que receberam alunos com o mesmo nível escolar, esta escola de Barcelos está quase 22 pontos percentuais acima da média nacional. Este estabelecimento escolar não figura no “ranking” geral por não ter realizado mais de 100 exames. Se não tivermos em conta esse critério, está em 90.º lugar.
Completam o pódio deste “ranking” alternativo duas instituições privadas. O Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, está em segundo lugar – conseguiu que os seus alunos do ensino secundário progredissem mais 19% do que os seus colegas ao nível nacional. Este colégio do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria acumula este estatuto com o título de melhor instituição no secundário e 4ª melhor no 9.º ano do ensino básico.
A terceira instituição que conseguiu fazer com que os alunos progredissem mais foi o Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra, que está em 11.º lugar no ensino secundário e em sexto no ensino básico, de acordo com o ranking elaborado pela Renascença.