​Ajuda pós-fogos. “Prontamente, é o que se faz na Galiza. Em Portugal é estudos”
13-11-2017 - 10:45

Cinco meses depois dos fogos em Pedrógão Grande as respostas ainda não chegaram ao ritmo prometido. A acusação é da Associação de Familiares das Vítimas.

Veja também:


Como é que o Estado está responder às necessidades das populações? A Associação de Familiares das Vítimas dos Incêndios de Pedrógão critica duramente a inacção das autoridades na recuperação da zona afectada pelos trágicos incêndios de Junho.

Em entrevista ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, Dina Duarte, membro desta associação lamenta que Portugal tenha uma capacidade de resposta muito inferior à que se verifica na Galiza.

“Prontamente é o que se faz na Galiza, isso sim é prontamente. Em Portugal é estudos, é anúncios, na realidade eu não vejo nada. E eu vivo aqui em Nodeirinho, no epicentro de tudo isto e nada vejo”, sublinha.

Nestas declarações, Dina Duarte refere que “o que está a ser feito, é feito pelos particulares”.

“É triste que nós tenhamos que contar em nada com as autoridades”, acrescenta.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de Junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

Os incêndios florestais consumiram este ano mais de 442 mil hectares, o pior ano de sempre em Portugal, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) divulgados esta segunda-feira.