Israel-Hamas. Cruz Vermelha confirma a libertação de 24 reféns
24-11-2023 - 14:28
 • Marta Pedreira Mixão

Uma das reféns libertadas esta sexta-feira tem cidadania portuguesa.

A Cruz Vermelha confirmou que 24 reféns foram libertados, esta sexta-feira, pelo grupo terrorista Hamas. Num post publicado no "X", antigo Twitter, a organização anunciou: "É com alívio que confirmamos a libertação em segurança de 24 reféns. 13 cidadãos israelitas, 10 tailandeses e um cidadão das Filipinas".

"Facilitámos esta libertação transportando-os de Gaza para a fronteira de Rafah, marcando o impacto na vida real do nosso papel de intermediário neutro entre as partes", é dito.

O Catar, que mediou o acordo de troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, também confirmou, corrigindo a informação anteriormente prestada, que foram libertados: 13 cidadãos israelitas, 10 tailandeses e um filipino.

Uma das reféns libertadas esta sexta-feira tem cidadania portuguesa. Trata-se de Adina Moshe, de 72 anos, sabe a Renascença Renascença.

Adina Moshe, como a Renascença explicou na reportagem "De pacifista a refém do Hamas. A história da portuguesa levada de mota para Gaza", foi raptada a 7 de outubro em Kibbutz Nir Oz, depois de ver o seu marido ser assassinado pelos terroristas do Hamas.

A informação foi adiantada pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos que, no entretanto, já revelou a identidade de mais reféns libertados.

Segundo a mesma fonte, também Daniel Aloni e Emilia, a filha de seis anos, deixaram, também hoje, o cativeiro. Outros elementos da mesma família, raptados naquele sábado, ainda estarão em parte incerta.

Cerca de 39 detidos palestinianos - 24 mulheres e 15 rapazes adolescentes - serão libertados das prisões israelitas para a Cisjordânia, no âmbito de um acordo de cessar-fogo temporário.

Esta sexta-feira, a Cruz Vermelha confirmou o início de uma operação para "reunir os reféns e os detidos com as suas famílias" e descreve o trabalho como uma operação de "vários dias" que incluirá a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

As forças especiais e os serviços de segurança israelitas informaram, através de comunicado, que estão a acompanhar os reféns libertados, que foram submetidos a uma avaliação médica inicial e que serão agora transportados para hospitais em Israel para se reunirem com as suas famílias. "As FDI, juntamente com todo o sistema de segurança israelita, continuarão a atuar até que todos os reféns regressem a casa", refere o comunicado.
Quanto à libertação dos cidadãos tailandeses, o Serviço de Informação do Estado do Egipto afirmou que "os esforços intensivos do Egipto" resultaram na sua libertação".

Os meios de comunicação social tailandeses informaram que os reféns tinham entrado em Israel através da passagem de Rafah e estavam a ser levados para o Centro Médico Shamir (Assaf Harofeh) a sul de Telavive, onde receberão assistência médica e devem permanecer durante 48 horas.

Recorde-se que o Hamas fez 240 reféns num ataque levado a cabo a 7 de outubro.

[Notícia atualizada às 17h20 de 24 de novembro de 2023]