Por maus caminhos
21-03-2023 - 09:13

Com os campeonatos a chegarem ao fim por essa Europa fora, as tensões aumentam cada vez mais e, em muitos casos, ficam mesmo à vista alguns actos nada recomendáveis.

Com os campeonatos a chegarem ao fim por essa Europa fora, as tensões aumentam cada vez mais e, em muitos casos, ficam mesmo à vista alguns actos nada recomendáveis.

São seus intérpretes dirigentes, jogadores e treinados, todos eles portadores de um grau de responsabilidade elevado perante uma sociedade que muitas vezes nem necessita de desmandos para chegar a situações de perigosas consequências.

Neste momento, como sabemos, Portugal é um dos países com maior representação em diversos campeonatos, seja a nível de jogadores ou de treinadores.

O conceito em que é tido o futebol português, de há uns anos a esta parte, justifica que se tenha passado a olhar para nós de forma completamente diferente.

Nos últimos tempos tem havido alguns exemplos que se podem considerar tudo menos edificantes.

E, no fim-de- semana que ficou para trás, dois momentos passaram mesmo a constituir um libelo acusatório contra nós, face ao comportamento de dois treinadores, ambos de reconhecida categoria profissional e aos quais, também por isso, deve ser assacada maior responsabilidade.

Referimo-nos a José Mourinho e a Marco Silva, que nos jogos em que participaram as suas respectivas equipas – e ambas perderam- protagonizaram cenas que, tudo o indica, lhes vão custar caro perante os regulamentos dos países onde pontificam.

O treinador do Fulham, acusado de tentar atingir um árbitro com uma garrafa e proferir diversos impropérios, e o técnico da AS Roma de se ter dirigido de forma inapropriada ao presidente do clube ser adversário nesse dia, a Lázio, também de Roma.

Todos reconhecemos que lá por fora a disciplina no futebol e fora dele é tida num conceito muito diferente do nosso.

E, quando qualquer agente do jogo prevarica, é certo e sabido que o castigo será sempre bastante pesado.

O facto de os campeonatos e taças estarem a chegar ao fim, e nem todos vejam ser possível atingir objectivos antes fixados, nada justifica a assunção de comportamentos nada recomendáveis pela ética desportiva.