O Tribunal Arbitral decretou a realização de serviços mínimos para 9,10 e 11 de março, na greve que vai afetar a circulação de comboios da CP.
Contas feitas, só haverá serviços mínimos em três dos dez dias de greve convocada pelos sindicatos representativos dos trabalhadores da CP, entre 9 a 18 de março (consulte aqui o acórdão do Tribunal Arbitral).
Mesmo nestes três dias, só no dia 10 (sexta-feira) é que os comboios realizados em regime de serviços mínimos atingem os 30% dos programados. Nos outros dois dias as percentagens são inferiores e nalguns casos – como Urbanos de Coimbra e Porto- nem se prevê a realização de qualquer comboio. O Tribunal seguiu a proposta apresentada pela empresa.
Nas ligações de longo curso (Alfa e Intercidades), o Tribunal decretou a realização de nove comboios no dia 9, 22 no dia 10 e oito no dia 11 de março. Ou seja, a percentagem de 30% apensas é atingida no dia 10, sexta-feira, dia em que habitualmente também há maior procura.
A regra é a mesma para os Regionais: no dia 10 realizam-se 94 dos 309 comboios programados, ou seja, 30%. Mas no dia 9 são apenas 18 (14%) e no dia 11, 29 comboios (17%).
É nos Urbanos de Lisboa que vão realizar-se mais ligações em regime de serviços mínimos. Mas apenas na sexta-feira, dia 10: 203 dos 663 previstos. Nos outros dias, realizam-se apenas duas ligações no dia 9 (uma na Linha de Sintra e outra na de Cascais, às 23h30) e quatro no dia 11 (três na Linha de Sintra e uma na Linha de Cascais).
Nas linhas dos Urbanos do Porto e Coimbra, os serviços mínimos só serão assegurados na sexta-feira, em cerca de 30%.
Ou seja, o Tribunal Arbitral apenas decretou serviços mínimos para menos de metade dos dias de greve e só num (10 de março) os passageiros poderão ter alguma esperança de apanhar o comboio. Em todos os outros dias, o mais aconselhável é arranjar alternativas de transporte.