Médicos Católicos. Chumbo da eutanásia é “vitória da medicina e da vida"
30-05-2018 - 00:31

A discussão em torno da morte assistida teve o mérito de chamar a atenção para a importância de alargar o acesso aos cuidados paliativos, afirma Pedro Afonso à Renascença.

A Associação de Médicos Católicos considera que o chumbo à eutanásia, no Parlamento, é uma vitória da medicina e da vida.

Ouvido pela Renascença, o presidente dos Médicos Católicos, Pedro Afonso, mostra-se satisfeito com o resultado da votação.

“Foi uma vitória da medicina e da vida. Os médicos não têm outra vocação senão estar do lado da vida, tratando e aliviando o sofrimento dos doentes. A legalização da eutanásia não se trata de aliviar o sofrimento, mas de eliminar a vida de pessoas”, afirma Pedro Afonso.

O médico católico defende que a discussão em torno da morte assistida teve o mérito de chamar a atenção para a importância de alargar o acesso aos cuidados paliativos, “que no nosso país ainda precisam de ser muito melhorados”.

O presidente da Associação de Médicos Católicos espera que o tema não regresse à Assembleia da República. Se acontecer espera que o chumbo se repita.

As quatro propostas apresentadas no Parlamento para despenalizar a eutanásia em Portugal foram chumbadas esta terça-feira por uma maioria dos deputados.

Um total de 229 deputados foram chamados a votar a favor, contra ou a absterem-se sobre quatro projetos de lei, apresentados pelo PS, o BE, o PEV e o PAN.

Cada deputado votou nominalmente em cada uma das propostas, à exceção do único legislador ausente, o parlamentar Rui Silva, do PSD, que se encontra no estrangeiro.

Os dois maiores partidos, PS e PSD, que somam 175 dos 230 assentos parlamentares, deram liberdade de voto aos seus deputados.