O Governo britânico está a aumentar a capacidade das prisões de modo a garantir a capacidade necessária para receber os detidos nos motins dos últimos dias, avança a Sky News esta terça-feira.
A cadeia de televisão britânica diz ainda que o executivo de Keir Starmer vai mobilizar cerca de 500 celas em vários pontos do país, num plano já existente, mas que será agora acelerado. Ainda assim, se os motins continuarem, estas medidas podem não ser suficientes.
Recorde-se que várias cidades inglesas têm sido palco de confrontos entre cidadãos depois do ataque com uma faca a um grupo de crianças que estavam num evento de dança inspirado na cantora norte-americana Taylor Swift. O primeiro ministro já se reuniu com a polícia para tentar travar as manifestações.
Inicialmente as autoridades acreditavam que o autor do crime era de nacionalidade estrangeira, levando a vários protestos anti imigração, mas veio-se mais tarde a descobrir que se tratava de Kyle Clifford, um jovem britânico de 26 anos.
Ministro reúne com representantes das redes sociais
À semelhança do que acontece nas ruas, também nas redes sociais são vários os internautas que têm espalhado informação falsa acerca do crime do dia 30 de julho.
Inicialmente as autoridades acreditavam que o autor do crime era de nacionalidade estrangeira, levando a vários protestos anti imigração, mas veio-se mais tarde a descobrir que se tratava de Kyle Clifford, um jovem britânico de 26 anos.
Ainda assim, multiplicam-se as publicações culpam a política "pelo falhanço na proteção das crianças europeias" ao receber "falsos requerentes de asilo".
Foi por este motivo que o ministro da Ciência, Inovação e Tecnologia Peter Kyle revelou, em entrevista à BBC Radio 4, que falou com representantes da Meta, - dona do Facebook, Instagram e Whatsapp - Google e X (antigo Twitter) para "para deixar clara a sua responsabilidade de continuar a colaborar com o governo para pôr termo à propagação de desinformação e incitamento ao ódio".
No entanto Elon Musk, dono da rede social X, é um dos protagonistas deste tipo de discurso, comentando e republicando vários "tweets" que associam a imigração vinda de países árabes ao aumento da insegurança e violações no Reino Unido, cujo governo acusa favorecer a comunidade muçulmana.