PS “destrunfou-se a si próprio” e chega ao debate desta noite “mais frágil”
19-02-2024 - 10:27
 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos

O comentador da Renascença perspetiva o debate desta noite entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

O comentador da Renascença Henrique Raposo entende que o debate Pedro Nuno Santos/Luís Montenegreo, desta segunda-feira, deixou de ser o mais importante após o que se viu no debate entre o líder da AD e o líder do Chega.

“O Montenegro, no debate com o Ventura, conseguiu acabar com a dúvida e impôs a toda a gente - ‘não é não’. E, portanto, aquela ideia de que a direita se iria juntar toda - o centro-direita ia juntar-se com o Chega - isso acabou”, assinala.

Raposo nota, ainda, que no debate entre o PS e o Chega, “o próprio PS acabou por validar a tese da AD e do Montenegro, ou seja, destrunfou-se a si próprio”.

“O PS chega a este debate numa posição mais frágil, porque ficou sem a sua narrativa, até agora”, diz o comentador, acrescentando que “até o Bloco de Esquerda já disse que o não de Montenegro é não”. E para o partido “isso é ótimo, porque liberta as pessoas à esquerda para um voto no BE e haverá menos pressão para um voto útil no PS”.

No seu espaço de comentário n’As Três da Manhã, Henrique Raposo diz que é importante que o debate desta noite dê pistas sobre o que acontece em caso de derrota do PS ou do PSD.

“PS ou PSD vão perder. O que é que eles vão fazer na oposição? Vão andar ali a querer fazer as suas geringonças, de um lado para o outro?” interroga-se.

Na visão do comentador, as respostas a estas perguntas são importantes, argumentando que “tem que haver um líder forte da oposição no centro”.

“O PS ou o PSD tem que liderar a oposição, porque a oposição não pode ficar nas mãos do Chega”, defende, considerando que “o Chega chegou a este patamar de importância, porque foi o líder da oposição durante o mandato de Rio, no PSD”.

“Eu quero saber o que é que o Montenegro e o líder do PS têm a dizer sobre isso. Eles, perdendo, têm que ficar na oposição, liderando a oposição democrática”, remata.