"Colapso sanitário" na Madeira se novas normas não forem cumpridas, avisa Albuquerque
19-11-2021 - 19:39
 • Lusa

O presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, realçou também que tem de se manter a capacidade operacional dos cuidados intensivos, bem como da zona dedicada à Covid-19.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, avisou esta sexta-feira que, se as normas determinadas para conter a pandemia da Covid-19 não forem cumpridas, a região entra em "colapso sanitário" e terá de "passar ao confinamento".

Interpelado pelos jornalistas à margem da inauguração de uma loja, no Funchal, sobre se as novas medidas de contenção da Covid-19 anunciadas na quinta-feira são obrigatórias ou recomendadas, Miguel Albuquerque sublinhou a necessidade de cumpri-las para que a pandemia não entre em descontrolo.

"Chame o que quiser. A minha preocupação é esta e acho que é bom os madeirenses perceberem isto: se nós perdermos a capacidade de monitorizar e controlar as cadeias de transmissão, entramos em colapso sanitário", vincou.

"Entrar em colapso sanitário significa que perdemos o controlo da pandemia. Se perdermos o controlo da pandemia, temos que passar ao confinamento. Se passarmos ao confinamento, encerra tudo e não temos capacidade de resposta dos serviços de saúde", acrescentou.

O presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, realçou também que tem de se manter a capacidade operacional dos cuidados intensivos, bem como da zona dedicada à Covid-19.

"Neste momento não há nenhuma brincadeira. Se a pandemia está em expansão, a obrigação imperativa do Governo é fazer tudo para impedir e conter a expansão da pandemia", defendeu, apontando que no início da semana existiam 70 cadeias de transmissão identificadas, que ultrapassam agora as 120.

Confrontado com a constitucionalidade das normas, Albuquerque frisou que estas "são tomadas no quadro do plano de contingência tendo em vista a salvaguarda da saúde pública".

E voltou a dizer: "É muito mais importante as pessoas perceberem, de uma vez por todas, que é fundamental nesta fase crítica que, ou nós mantemos o controlo das cadeias de transmissão e temos a monitorização dessas cadeias ou, se as perdermos, entramos em colapso sanitário".

"Nós não podemos, na Madeira, entrar em colapso sanitário, senão temos de encerrar isto tudo e temos a situação descontrolada em termos de transmissão de doença", avisou.

Miguel Albuquerque revelou ainda que foram administradas na região cerca de 500 vacinas contra a Covid-19 referentes à primeira dose, esta sexta-feira.

"Só por causa disto, já valeu a pena", considerou.

Apesar da elevada taxa de vacinação, a Madeira tem registado, nas últimas semanas, uma média diária superior a 50 novos casos de infeção e também um aumento do número de mortes associadas à doença, o que levou o Governo Regional a determinar novas medidas sanitárias, como a obrigatoriedade de apresentação cumulativa de certificado de vacinação e teste antigénio para frequentar a maioria dos recintos públicos e privados.