O movimento dos “coletes amarelos” continua, apesar da suspensão das novas taxas sobre os combustíveis em França, anunciada na quarta-feira pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.
Só este sábado, já foram detidas mais de 470 pessoas e intercetadas e identificadas perto de 600, em França em dia de nova manifestação dos coletes amarelos.
O movimento francês de cidadãos já se espalhou um pouco por toda a Europa. Este sábado, ao mesmo tempo que os "coletes amarelos" estão a invadir as ruas francesas, também em Bruxelas, na Bélgica, e em Amesterdão, na Holanda, há manifestações inspiradas nos "coletes amarelos".
Esta manhã, a polícia belga fez já cerca de 70 detenções, devido a protestos dos "coletes amarelos".
Esta nova ação na capital da Bélgica e da União Europeia - que não foi autorizada, até porque não chegou qualquer pedido formal - ocorre pouco mais de uma semana depois de uma primeira manifestação em Bruxelas a "replicar" aquelas que decorrem há já mais de três semanas em França, e que ficou marcada por desacatos.
O movimento também já se alastrou à Holanda. Este sábado, cerca de 100 manifestantes reuniram-se numa manifestação pacífica do lado de fora do parlamento holandês em Haia, para protestar contra a queda do poder de compra, como os belgas e os franceses.
Pelo menos dois manifestantes foram detidos pela polícia no centro de Amesterdão.
Nas últimas semanas, também houve registo de protesto de "coletes amarelos" na Bulgária, contra o preço dos combustíveis, e na Alemanha.
Neste último caso, as manifestações foram organizadas em Berlim, por grupos da extrema-direita alemã.